10 de set. de 2023

Palavra prata, silêncio ouro

Que os médicos se dedicam muito tempo de suas consultas a trocar a ideia comigo não é nenhuma novidade. Porém, eu gostaria que fosse sobre minha saúde e não sobre sobre assuntos totalmente aleatórios tipo, a história do homem que foi abrir a fita do ovo de Páscoa com a faca virada pra ele e furou o olho. E digo mais, PERDEU A PORRA DO OLHO. Maaas, ok, já aceitei bem resiliente esse meu destino quando entro nas consultas, toda fucking vez é isso, apenas aceito.
Até porque meu cérebro TDAH (já saiu o laudo) na maioria das vezes ou 1) não está ali ou 2) está muito ali dependendo da fofoca e, convenhamos, essa do ovo de Páscoa é ótima. Tipo, eu ri. Não, não é certo rir, aaah foda-se também, se um dia eu listar aqui as coisas que me fazem rir... pqp. 
Os docs japonezinhos são os mais engraçadinhos, eu tento fugir apesar deles seguirem uns protocolos mais interessantes relacionados ao histórico familiar, mas são muito invasivos quanto a vida pessoal, sempre sempre and sempre me perguntam coisas que são absolutamente curiosidades sem noção... tipo se eu falo japonês (nisso começam a falar e eu só quero morrer), querem falar da cultura hahahah são engraçados mas raramente tô naquela vibe porque é sempre aquilo e pra mim já deu. Igual quando apertam sua bochecha nas festinhas infantis e "olha que menina graciosa" sabe?
É mais ou menos isso que sinto, parece que eles querem testar o que "restou" de japonice entre os deles.
Enfim, tento ser simpática em quase todas as consultas. 
No fim das contas, todo paciente sempre fala tanto que quando chega alguém que só quer ouvir, eles acabam por falar até além rsrsr.
Nem todos.

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