ON OFF

A verdade do momento é que ninguém precisa saber o que eu penso. A menos que seja uma pessoa interessada nisso. 

Então estou bem de boas parando de ficar por aí escrevendo publicamente o que eu penso. Tranquei tudo mesmo e amo escrever, então sigo fazendo reservadamente. Não sou ninguém importante pra ficar trancafiada achando que alguém lê ou que se importa, só tô me valorizando mais mesmo, não quero ficar igual um livro aberto largado. 

Pelo menos sabendo quem tá comigo trocando e compartilhando tanta coisa sem noção que escrevo eu me sinto melhor. 

Falando nisso ainda não sei onde coloca isso aqui no privado, vou descobrir.

Obrigada, de nada e passar bem.

Choices

Quero falar porquê trabalhar com o que se gosta faz com que muitas vezes a gente ache insuportável fazer isso.

Porque não é o bastante. As pessoas não entendem isso e ficam com esse blá blá blá de ingratidão mas veja, trabalho é trabalho. E trabalhar é chato, todo mundo sabe disso. A obrigação e repetição.

Eu gosto do que faço? Sim, amo. Mas faço 100% como eu quero, quando quero e onde eu quero? Não. Por isso chama trabalho e não chocolate (e olha que nem o chocolate eu posso comer sempre o meu preferido que é caro, nem quando e nem onde).

Enfim, para de glamourizar esse "fazer o que ama e ser feliz pra sempre" porque na real é uma gigante fake news. Bullshit 

Dia do selo

Eu acho que é um momento bom pra mim.

Que apesar de estar em uma tempestade e estes tempos tão difíceis, eu estou no olho da tormenta onde tudo é calmo.

E por conta disso eu percebo a grandeza desse privilégio, cada coisa que antes parecia banal hoje é de uma proporção solar e imensa.

Do tipo estar viva. Respirar confortável.

Ainda poder tomar café no meu lugar preferido, andar no centro, ouvir um áudio amoroso da minha mãe no dia de hoje.

Sou ranzinza e estou cansada mas é mais um inverno em que eu me sinto grata.

A falta de atenção da fruta

O esforço que temos que fazer pra seguir em frente não é mesmo?

Quer dizer, não "temos que" nada, mas na real, pra dar passos além meio que não é possível pular umas partes hahaha fazendo uma analogia bem tosca, "se não comer direitinho não vai ganhar sobremesa hein"? Lembrando que 1) tem prato principal muito melhor que sobremesa e 2) nada impede alguém de comer sobremesa antes, inclusive, faz algum sentido isso ou é mais uma daquelas armadilhas bestas da sociedade chantagista só pra criança se alimentar primeiro de verduras e salada? Acho que vale aí uma pesquisa da minha parte. 

Será que eu tenho TDAH? 

Enfim, foi realmente uma comparação horrível demais, já me arrependi.

Principalmente porque lembrei de vários lugares que tinham pratos bem bons mas a sobremesa não era lá essas coisas.

A dúvida sobre TDAH surgiu pois esse assunto apareceu do nada pegando um gancho de algo totalmente sem propósito (e ruim) para o que eu realmente queria falar.

Ação e reação das águas

Estes dias eu tava pensando em vir aqui escrever mas eram tantas coisas que pra variar eu procrastinei. Quando começa a encher muito a caixa d'água e vai transbordando sabe... o natural seria ir

esvaziando mas eu não sou essa pessoa equilibrada, eu sou aquela que entra no modo letárgico e fico olhando a água cair enquanto os neurônios ficam colapsando e soltando foguinho.

Igual o dia que o medidor de vidro quebrou assim que eu coloquei o caldo fervente nele, fiquei só com a alça na mão olhando ele espatifar, o negócio lá todo quebrado, eu segurando só a alça de vidro ali no ar, boca aberta e tentando entender porque o negócio que foi feito pra medir entre outras coisas, líquidos quentes, quebrou do nada? Enfim, bela metáfora que começou com a caixa d'água e me fez lembrar do medidor que havia usado apenas 3 vezes, quebrou e me deixou paralisada igual uma pessoa em coma infinito.

Aí, passado um tempo, fui resgatada ao mundo real e me dei conta que perdi um caldo delícia, perdi o medidor e tb não sei se tem pequeninos vidros no meu estômago pois pode ser que tenha voado alguma coisa no alho que já estava picado na tábua próxima a esse belíssimo incidente.

No mais, não falei o que eu queria.

2022 promete

Às vezes eu penso no meu egocentrismo gigante em achar que sou predestinada em certas desgraças que parecem ser feitas sob medida pra mim. E o mais curioso é que eu acho engraçado, mas pode ser que tenha um certo pânico aí embaixo meio camuflado O_o

Tipo "rindo de nervoso" (insira aqui aquele gif do Michael Scott)

Eu fiquei pensando nessa probabilidade aqui que é a seguinte cena e que foi real: 

1) eu sem crença nenhuma, beirando a niilista cada dia um pouco mais porque né? 

2) médico que em teoria costuma seguir essa mesma linha de raciocínio, mas que na real era um doido religioso/místico/esotérico com uma MANDALA pendurada no consultório e era adepto da Seicho No Ie.

Consulta médica.

Num dado momento depois de fazer a pergunta NADA A VER "Você tem religião?" e ouvir, incrédulo diga-se, a minha negativa, fez a pergunta idiota número 1) "Mas você não acredita em nada?" 

---- Não senhor 

**Atenção aqui pra segunda pergunta** 

2) "Nem no menino Jesus?" 

Hahahahahahahahaha sério

Se nessa hora saísse de trás da cortina uma bandinha fake de cantores da igreja e umas câmeras com, sei lá, o pessoal do Zorra Total, eu juro que nem ia achar horrível tudo isso.